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REUNIÃO do ICOM com o Secretário de Estado da Cultura
12 de Janeiro de 2015

 

No passado dia 10 de Dezembro reunimos com o Secretário de Estado da Cultura no sentido de darmos a conhecer os actuais corpos gerentes do ICOM, o que temos feito e o que nos preocupa enquanto associação de profissionais de museus.


Apesar de levarmos uma grande lista de perguntas, apenas conseguimos explorar um pouco mais em pormenor dois temas, sendo que a maior parte do discurso foi político e no sentido de demonstrar aquilo que a Secretaria de Estado da Cultura tem conseguido fazer até agora.


Das maiores apreensões do ICOM Portugal, no momento presente, destacámos a passagem de museus de interesse "local ou regional" para as autarquias. Foi-nos referido que o critério de selecção dos museus a passarem para a gestão dos municípios era o do seu carácter regional ou local, bem como algumas situações especiais de micro-centralidade em que a relação entre o museu e a localidade é muito forte. Transmitiu o SEC que em breve se saberá quais serão esses museus mas sem mais dados sobre os critérios de selecção dos mesmos. Questionámos sobre esse processo de passagem da gestão de alguns museus, bem como sobre o controlo e monitorização das equipas e da qualidade dos serviços dos mesmos.


Outro tema abordado foi o do eixo Ajuda-Belém. Segundo o SEC, o convite feito ao Prof. Lamas decorreu da ausência de propostas de gestão conjunta daquela zona, articulando os museus e monumentos existentes e os operadores de turismo, articulação essa absolutamente necessária e até ao presente inexistente. Não se conhece ainda o modelo de gestão futuro para o Eixo porque o mesmo está em estudo, mas afirmou que será diferente do modelo dos Parques de Sintra Monte da Lua.


Quanto à nossa questão referente ao futuro orgânico da DGPC e à redistribuição futura dos proveitos gerados pelos museus e monumentos do mesmo Eixo, referiu-nos o Senhor Secretário de Estado que actualmente as receitas desses equipamentos já são reinvestidas neles mesmos (ou noutros da mesma zona Belém-Ajuda), embora indirectamente, e que os dados que o demonstram serão tornados públicos em breve. Ou seja, do que conseguimos apurar, as receitas dos equipamentos deste Eixo serão reinvestidas na mesma zona, ficando, portanto, os restantes equipamentos da DGPC de fora deste modelo também do ponto de vista orçamental.
Finalmente, não devemos deixar de partilhar que o SEC insistiu no seu interesse em receber da parte do ICOM propostas concretas para a melhoria da gestão dos museus públicos.


Enquanto representantes do ICOM enfatizámos a nossa preocupação com a situação precária dos profissionais de museus, a falta de recursos humanos e financeiros, as inúmeras incertezas orgânicas e consequente instabilidade e sentimento de insegurança nos profissionais da área.


pub. 12 de Janeiro de 2015

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